Após reunião do Sindicato dos Metroviários com a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), na tarde desta quarta-feira (22), no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), a categoria resolveu parar por 24 horas.
No encontro, de acordo com os sindicalistas, os representantes do Metrô informaram que não tinham autorização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pagar o abono pedido pela categoria.
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Os Metroviários exigem o pagamento de direitos, o fim das terceirizações e a abertura de concurso público, devido ao quadro defasado de funcionários.
Durante a madrugada desta quinta, o sindicato informou que enviou um ofício à direção do Metrô solicitando a liberação das catracas para que os funcionários assumam os postos de trabalho.
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Veja vídeo dos Metroviários abaixo:
Caos
Com a paralização, algumas das principais linhas do Metrô não funcionaram nas primeiras horas da manhã e São Paulo vive um dia de caos.
Segundo o Metrô, as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha do Metrô estão paradas no início da manhã desta quinta-feira (23) em decorrência da greve. O Metrô informa ainda que a linha 15-prata do Monotrilho também parou. Os trens das linhas 4-amarela e 5-lilás circulam normalmente.
O Metrô acionou seu plano de contingência para diminuir os transtornos para os passageiros, possibilitando o funcionamento de trechos importantes do sistema. Até o momento não há detalhes sobre o funcionamento desse plano.
Há aglomeração de passageiros ao lado de fora de estações afetadas pelo movimento grevista. Muitas pessoas estão sem informações sobre alternativas de transporte.
Veja abaixo a Estação Itaquera às 05h50 da manhã:
Medidas da SPTrans
Por conta da greve, o rodízio municipal de veículos foi suspenso.
A Zona Azul e a proibição de circulação de carros nos corredores de ônibus continuam valendo, assim como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).
Reforço nas linhas de ônibus
A SPTrans criou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes:
Linhas criadas
- Metrô Tucuruvi - Praça do Correio (circular)
- Metrô Santana - Praça do Correio (circular)
- Linhas reforçadas
- 175T/10 Metrô Santana - Metrô Jabaquara
- 157P/10 Metrô Santana - Ana Rosa
- 2104/10 Metrô Santana - Term. Pq. D. Pedro II
- 5290/10 Div. de Diadema - Term. Pq. D. Pedro II
- 5106/10 Jd. Selma - Largo São Francisco
- 574A/10 Americanópolis - Largo do Cambuci
- 118C/10 Jd. Pery Alto - Metrô Santa Cecília
- 9300/10 Term. Casa Verde - Term. Pq. D. Pedro II
- 107T/10 Metrô Tucuruvi - Term. Pinheiros
- 208V/10 Term. A.E. Carvalho - Term. Pq. D. Pedro II
- 1177/10 Term. A.E. Carvalho - Luz
- 233A/10 Jd. Helena - Term. Vila Carrão
- 4310/10 ET Itaquera - Term. Pq. D. Pedro II
Linhas alteradas
A linha 178Y/10 Vila Amélia - Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o Metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração.
As linhas 5022/10 Vila Santa Margarida - Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos - Jabaquara e 5018/31 Shopping Interlagos - Jabaquara deverão operar em sistema circular no Metrô Jabaquara.
O que diz o Metrô
O Metrô soltou nota afirmando que "não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa".
A empresa disse que também empenhou esforços para atender os pleitos do sindicato, mas que a realidade econômica da companhia "não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento".
O Metrô disse ainda que teve "significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019".