No relançamento do programa Mais Médicos, que foi destruído pelo governo Jair Bolsonaro (PL), Lula fez um desagravo aos cubanos que estiveram no Brasil na primeira fase do projeto, criado em 2013, e alvos de hostilidades de parte da classe médica alinhada à extrema-direita no país.
"Na época [da criação] nós sofremos muitas acusações. Muita gente da categoria médica não aceitava o Mais Médicos, muita gente não aceitava os médicos cubanos. Mas, inegavelmente o programa foi um sucesso excepcional", disse Lula, se referindo pela primeira vez à parceria com Cuba.
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Em seguida, o presidente ressaltou que haverá um esforça para garantir que todos os médicos do programa sejam brasileiros, mas que se não for possível, o governo chamará médicos estrangeiros.
"Tentaram acabar com o Mais Médicos. Tentaram vender toda imagem negativa do Mais Médicos de forma pejorativa. Não tiveram sequer vergonha de pedir desculpas aos médicos cubanos que foram embora desse país. Foram embora depois de prestar um serviço extraordinário ao povo brasileiro. Quem mora no interior, sabe o que estou falando.
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O presidente ainda afirmou que o que importa não é a nacionalidade dos médicos que participam do programa e, sim, dos pacientes atendidos.
"Queremos que no novo Mais Médicos todos os médicos sejam brasileiros. Se não for possível, chamaremos médicos estrangeiros que moram no Brasil. O que importa mais é a nacionalidade do paciente", afirmou.
Lula ainda afirmou que, aos 80 dias de governo completados nesta segunda-feira (20), o principal objetivo do governo é reconstruir tudo que foi destruído pelo "terremoto" da gestão Bolsonaro. E ressaltou que a partir de 10 de abril, o foco será criar novos projetos com foco na classe média.
"A partir dos 100 dias vai começar uma nova etapa da nossa administação. Vamos ter que fazer coisas novas e direcionar à classe média que sofreu muito nesse desgoverno no país", disse Lula, enfatizando que usará os bancos públicos para alavancar o financiamento privado no país.
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