FACT CHECKING

Ex-ministro da Saúde, Padilha desmente Agência Lupa sobre o programa Mais Médicos

Após o deputado federal apontar que o selo de "falso" dado pela Lupa a uma declaração de Lula sobre o Mais Médicos estava incorreto, agência se corrigiu; confira

Dilma Rousseff e Alexandre Padilha à época do lançamento do programa Mais Médicos.Créditos: Roberto Stuckert Filho
Escrito en SAÚDE el

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que é ex-ministro da Saúde, usou as redes sociais, na segunda-feira (26), para desmentir uma checagem feita pela Agência Lupa sobre uma fala do ex-presidente Lula (PT) relacionada ao programa Mais Médicos

Lançado em 2013 no governo Dilma Rousseff, quando Padilha comandava a pasta da Saúde, o programa veio para suprir a falta de profissionais de saúde em várias regiões do país e contou com 18.240 médicos, do Brasil e do exterior, espalhados por 4.058 municípios, inclusive em terras indígenas. 

Ao analisar um discurso feito por Lula no dia 21 de julho em Pernambuco, a Agência Lupa atribuiu o selo de "falso" a uma declaração do ex-presidente sobre o programa. "Quando a gente trouxe o Mais Médicos pro Brasil, nós não começamos pedindo médicos de Cuba, nós fizemos licitação dentro do Brasil”, afirmou o ex-mandatário.

A agência de checagem classificou a informação como falsa pois considerou um relatório do Ministério da Saúde, de 2015, informando que 85% das vagas do programa foram preenchidas por médicos estrangeiros. 

Padilha, no entanto, rebateu. "Na checagem da Agência Lupa da fala do presidente Lula, Lupa erra ao dizer que a declaração é falsa. A lei do Mais Médicos e seu 1º edital estabelecem a prioridade: primeiras vagas devem ser preenchidas por médicos com registro de CRM no Brasil; se não ocupadas, por médicos brasileiros formados no exterior; se não ocupadas, por médicos estrangeiros", escreveu o ex-ministro. 

"Nele, não estava prevista a contratação de médicos cubanos, que foi firmada por um convênio com a Opas depois de sucessivos chamamentos de médicos brasileiros. A Lupa justifica sua argumentação com relatório do Ministério da Saúde de 2015, 2 anos após o programa ser lançado, que apontava q 85% das vagas foram preenchidas por médicos estrangeiros, inclusive cubanos, e omite q essas vagas só foram preenchidas após uma série de chamamentos", prosseguiu Padilha. 

Correção 

Após Padilha desmentir a informação da Lupa, a agência de checagem excluiu a postagem e publicou uma nova reconhecendo o erro

"CORREÇÃO: a publicação original foi apagada e refeita porque continha um erro. A etiqueta da frase de Lula sobre o programa Mais Médicos é 'verdadeiro, mas', não 'falso'. O tweet foi apagado e refeito para evitar que informações equivocadas sejam compartilhadas", disse a agência. 

Confira.