Uma lista que deveria especificar todos os presentes recebidos por Damares Alves enquanto esteve no comando do antigo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos durante o governo de Jair Bolsonaro foi apagada por uma servidora. Além disso, os itens que a ex-ministra ganhou não estariam sob posse da União, como determina a lei.
O caso veio à tona a partir de informações obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo jornal O Tempo e em meio ao escândalo das joias milionárias que Bolsonaro tentou se apossar de maneira clandestina.
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Segundo o atual Ministério dos Direitos Humanos, comandado por Silvio Almeida, a lista dos presentes foi apagada por uma servidora no início do ano e, por causa disso, ela foi exonerada e uma investigação interna foi aberta. A pasta informa, ainda, que os presentes não foram encontrados pela atual gestão quando o ministério foi ocupado.
"Informo que o controle de presentes recebidos era feito em planilha de Excel, e que, no início do ano de 2023, os dados dessa planilha, que constava todos os registros dos recebidos pelas ministras Damares Alves e Cristiane Britto, foram excluídos por uma colaboradora que justificou acreditar que essas informações não seriam úteis ou necessárias", diz comunicado do Ministério dos Direitos Humanos em resposta à solicitação feita via LAI.
"Verificou-se que os recebidos, exceto alguns livros, não se encontravam neste gabinete na data em que a atual gestão assumiu", diz ainda.
Até o momento, Damares Alves, que atualmente é senadora pelo Republicanos do Distrito Federal, não se manifestou sobre o "sumiço" dos presentes.