O presidente Lula (PT) deu início a seu terceiro mandato com uma avaliação popular superior à de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com pesquisa Ipec, 41% dos brasileiros consideram a administração do petista como boa ou ótima, enquanto 24% acham que é ruim ou péssima e 30%, regular.
Em março de 2019, Bolsonaro era avaliado de forma positiva por 34% da população, sete pontos percentuais e menos do que Lula.
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Em contrapartida, o atual presidente está abaixo dos dois mandatos anteriores, ainda conforme a pesquisa, obtida com exclusividade pelo Globo.
Lula tinha em março de 2003, início do seu primeiro mandato, 51% de ótimo e bom, contra 7% de reprovação. No mesmo período em 2007, após a reeleição, ele tinha 49% de aprovação contra 16% de reprovação.
A pesquisa Ipec confirma que o Nordeste é a região onde Lula tem seu maior percentual de aprovação: 53% de ótimo ou bom.
Os índices de maior rejeição ao governo estão no Centro-Oeste e no Norte: são 31% os que reprovam a atual administração. No Sudeste, 36% têm avaliação positiva, contra 26% que pensam o oposto.
Ainda de acordo com o instituto, o modo de governar de Lula tem aprovação da maioria da população (57%), enquanto 35% não concordam com a maneira como ele conduz o país.
Lula segue com dificuldades para obter aceitação no segmento evangélico. Neste grupo, são 31% os que avaliam a gestão petista como boa ou ótima, 32% acham regular e 32% os que a classificam como ruim ou péssima.
“Polarização política continua”, diz representante do instituto
“A pesquisa mostra que a polarização política continua. Considerando esse cenário, que é distinto do que o Lula encontrou nos outros mandatos, ele começa num bom patamar. Os segmentos que aprovam o governo são os mesmos nos quais Lula tinha uma intenção de voto maior: as pessoas que estudaram só até o ensino fundamental, os moradores do Nordeste, aqueles com renda de até um salário mínimo por mês e os católicos”, avalia Márcia Cavallari, representante do Ipec.
O instituto realizou 2 mil entrevistas presenciais, com pessoas de 16 anos ou mais, em 128 municípios do país, entre os dias 2 e 6 de março. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, para um nível de confiança de 95%.