SEM CHORO

“Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta", diz Lula

Presidente liderou reunião ministerial na manhã desta sexta-feira (10) em Brasília e instou os ministros do governo a terem criatividade para que o Brasil volte a crescer

Créditos: Agência Brasil (Marcelo Camargo) - Lula lidera reunião ministerial em Brasília
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Há 69 dias teve início o terceiro governo Lula. Na manhã desta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou uma reunião ampliada com 13 ministros do governo para discutir projetos de infraestrutura para o país. 

Durante o encontro no Palácio do Planalto, em Brasília, Lula afirmou que é papel do governo alavancar os investimentos para impulsionar a geração de empregos e o crescimento econômico do país.

“Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta, temos que utilizar bem o dinheiro que temos. Por isso o [Fernando] Haddad é ministro da Fazenda, porque ele é criativo, se a gente não tiver dinheiro a gente vai atrás dele e ele vai ter que arrumar. Ele e a Simone [Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento] vão arranjar o dinheiro que precisamos para fazer investimentos no país.”
Presidente Lula

O presidente comentou ainda que cabe ao Executivo criar formar de fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça. “Nós vamos dizer que PIB vai crescer porque vamos fazer crescer, porque vamos gerar emprego com as pequenas coisas, vamos fazer investimento”, ressaltou. Ele também usou as redes sociais para abordar esse tema

Bancos públicos

Lula comentou que nas outras reuniões sobre projetos de infraestrutura devem incluir também os bancos públicos, como Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para ele, é papel dessas instituições dar crédito a pequenos e médios empreendedores, cooperativas, grandes empresários e para governos estaduais e municipais que têm capacidade de endividamento.

“Por que não emprestar dinheiro para essa gente? Não pode ser proibido emprestar dinheiro para construir um ativo que vai aumentar o patrimônio desse país, que vai melhorar a qualidade de vida do povo”, argumentou.

“Não dá pra ficar achando que o gostoso é guardar dinheiro. Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, na melhoria da qualidade de vida do povo, em saúde, educação e, sobretudo, emprego, que é o que dá dignidade ao povo brasileiro”, completou o presidente da República.

Lula recordou ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituído em seu primeiro governo com foco nas realização de obras, e sugeriu a criação de um novo programa ao ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

“Tenho certeza que vocês vão me surpreender nessa reunião com o que já tem de propostas para fazermos, vi aqui ‘eixos do novo PAC’. Queria até sugerir ao companheiro Pimenta que é importante colocar a criatividade da comunicação em funcionamento para criarmos um novo nome, o PAC foi muito importante, produziu muita coisa, mas se pudermos criar um novo programa [isso] mostra que a gente está renovando e inovando, que temos criatividade para fazer outras coisas”, explicou.

Diálogo com estados e municípios

Para o presidente, o sucesso do PAC ocorreu em razão do diálogo com governadores e prefeitos na identificação de políticas de infraestrutura que eram fáceis de executar.

“O PAC foi uma coisa extraordinária. […] Acho que foi o momento mais rico de investimento no país porque envolvia os governos federal, estaduais e municipais. Nós aprendemos que era importante que se transferisse dinheiro para a prefeitura que tem projeto”, afirmou.

No fim deste mês, Lula fará uma viagem para a China e a sua expectativa é, ao retornar, já começar a inauguração de obras. Segundo o presidente, ao tomar posse, o novo governo encontrou 14 mil obras paradas pelo país, muitas faltando pouco para a conclusão.

Em publicação no twitter, ele anunciou o programa Mãos à Obra, com o objetivo de identificar, em diálogo com prefeituras, as obras prioritárias em cada cidade e região. O lançamento da plataforma ocorre na tarde desta sexta-feira, em Brasília.

Confira o vídeo da reunião ministerial