Além de estar preso, o ex-deputado federal golpista Daniel Silveira agora também ficará sem partido. O PTB decidiu desfiliar o bolsonarista. Ele não completou, sequer, um ano na sigla, pois havia ingressado em março de 2022.
Silveira foi detido no dia 2 de fevereiro, em Petrópolis (RJ), depois do término do seu mandato parlamentar. A prisão foi uma determinação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida do magistrado foi tomada em consequência do descumprimento de medidas cautelares impostas na condenação do ex-deputado pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação.
Nas eleições de outubro de 2022, Silveira se candidatou ao Senado, mas não conseguiu se eleger. Ao justificar a desfiliação, o PTB comunicou que preferiu a medida ao invés de abrir um processo de expulsão.
O partido também desfiliou Wellington Macedo de Souza, acusado de ter participado da preparação de um atentado com bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.
Moraes fala em “desrespeito de deboche” de Silveira
No dia da prisão de Silveira, Alexandre de Moraes fez uma longa explanação sobre os motivos que o levaram a tomar a decisão. O ministro falou do "desrespeito e deboche" do ex-deputado às determinações judiciais determinadas pela corte, entre elas manter afastamento de pessoas investigadas no inquérito dos atos golpistas e usar tornozeleira eletrônica.
"O caso de DANIEL LÚCIO DA SILVEIRA se amolda perfeitamente à referida hipótese legal, pois o que se verifica é o completo desrespeito e deboche do réu condenado com as decisões judiciais emanadas desta SUPREMA CORTE, inclusive em relação às medidas cautelares referendadas pelo Plenário do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", diz o texto.