O RETORNO

Grandeza restaurada: Dilma assumirá cargo internacional de prestígio no exterior

Ex-presidenta, removida do cargo em 2016 num processo de impeachment recheado de bizarrices, faz os últimos ajustes para ocupar função de relevância mundial

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Passados quase sete anos do farsesco processo de impeachment eivado de bizarrices que removeu a então presidenta Dilma Rousseff do Palácio do Planalto, a antiga mandatária petista retorna aos holofotes após toda a execração a que foi submetida pela extrema direita e pelos meios de comunicação da chamada “grande imprensa”. E o retorno da primeira mulher a chegar à chefia do Estado no Brasil será triunfal.

Cotada para ficar lotada em alguma embaixada na volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma foi além e deve assumir um cargo com muito prestígio no cenário internacional: a de presidente do chamado “banco dos Brics”, o grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Oficialmente chamado de Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), atualmente a instituição, que tem sede em Xangai, na China, é comandada pelo brasileiro Marcos Troyjo, um bolsonarista que já se referiu a Lula como “presidiário”, fazendo a linha desbocada e estúpida do líder. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já informou a Troyjo que quer sua saída e o próprio não teria ficado chateado com a ideia, embora tenha mandato até 2025, sabendo de antemão que sua permanência por lá seria o prolongamento de uma saia-justa.

Os Brics são um bloco econômico e geopolítico importante, sobretudo para o Brasil que até uma década atrás tinha papel de destaque nas relações internacionais. Para Lula é vital que o protagonismo brasileiro retorne e para isso os Brics são uma peça fundamental. Tal importância pode ser aferida pela própria indicação de Dilma para controlar o banco que reúne esses cinco países.

Dilma, que tem 75 anos, inicialmente teria hesitado em relação à oferta, mas segundo interlocutores, em decorrência da delicada situação do Brasil no cenário internacional, por conta da desastrosa gestão de Bolsonaro, a ex-presidenta teria aceitado o cargo.