A defesa do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que está preso desde o dia 23 outubro, entrou com uma ação na Justiça Federal onde pede que Jefferson seja julgado por lesão corporal leve e não por tentativa de homicídio contra quatro policiais federais.
Na peça jurídica, a defesa de Roberto Jefferson alega que os 60 disparos de carabina e o lançamento das três granadas com pregos feitos por Jefferson "não tinham a intenção de matar os agentes".
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Além de tentar subverter a realidade, a ação também faz duros ataques contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pela ordem de prisão contra Roberto Jefferson.
Os advogados do ex-deputado pedem que a juíza Abby Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios (RJ), anule as decisões de Alexandre de Moraes.
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"É absolutamente inacreditável o que está ocorrendo em face do sr. Roberto Jefferson mediante a atuação completamente ilegal do ministro Alexandre de Moraes", diz a peça assinada pelos advogados João Pedro Barreto, Juliana David e Fernanda Carvalho.
O ex-deputado Daniel Silveira (PTB), que também está preso sob determinação de Alexandre de Moraes, é uma das testemunhas arroladas pela defesa de Roberto Jefferson. Os dois estão presos em Bangu 8.
A defesa de Jefferson também afirma que não há provas de que ele tentou matar os policiais que foram cumprir o mandado de prisão.
"Os laudos estão em total consonância com o interrogatório prestado pelo ora defendente em sede policial, que da mesma forma relata que jamais teve a intenção de ferir as vítimas, quanto mais ceifar suas vidas. Ressalta-se que as lesões corporais sofridas pelas vítimas foram de natureza leve, não causando perigo de vida", declaram os advogados de Roberto Jefferson.
Por fim, os advogados de Roberto Jefferson classificam o ministro Alexandre de Moraes como incompetente.
"A ordem judicial de restabelecimento da prisão preventiva do ora defendente não se trata de ato legal porque o ministro Alexandre de Moraes se trata de autoridade sabidamente incompetente para processar e julgar o sr. Roberto Jefferson", afirmam os advogados de Jefferson.
A prisão de Roberto Jefferson
O Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão domiciliar de Roberto Jefferson após o deputado desrespeitar liminar e proferir ataques misóginos contra a ministra Cármen Lúcia nas redes sociais.
Com o objetivo de se tornar um mártir do bolosnarismo, Jefferson ameaçou se matar e depois exigiu a presença do ministro da Justiça. No entanto, quem chegou para negociar foi o "padre" Kelmon. Após mais de 10 horas de tensão, Roberto Jefferson se entregou.