Carla Zambelli (PL-SP) afirmou esta semana em entrevista à jornalista Carolina Linhares, do UOL, que dorme pensando na manhã em que será acordada com a Polícia Federal à sua porta. Mas esse não é o único e talvez nem seja o maior pesadelo da deputada de extrema direita. Zambelli tem afirmado a aliados que está preocupada com a linha que o TSE vem adotando em processos contra bolsonaristas e vê como “altíssima” a possibilidade de ser cassada.
A deputada responde a cinco Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), três no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e duas no Tribunal Superior Eleitoral.
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Em todas, ela é acusada de abuso de poder político e de autoridade, cuja pena pode levar à cassação. Adversários acionaram a Justiça acusando a deputada de ter se beneficiado de desinformação para se reeleger, de ter estimulado ataques à democracia e de ter cometido abuso dos meios de comunicação para disseminar inverdades.
Se Zambelli fosse condenada por algum crime comum pelo STF, a Constituição a protegeria, como parlamentar, de ser presa ou ter seu mandato cassado. O TSE, por outro lado, tem poder para interromper seu mandato, já que ela é acusada de ilícitos eleitorais cuja pena é a cassação.
Por isso ela perde o sono todas as noites e começa a se afastar de Bolsonaro e se aproximar do ministro Alexandre de Moraes.