A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) voltou a se envolver em polêmica. Desta vez, ela escolheu atacar o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).
A parlamentar postou uma foto antiga como sendo atual para associar Paes ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, condenado por envolvimento em esquemas de corrupção.
Indignado, Paes rebateu Zambelli: “Fake News, com fotos antigas, feita pela pistoleira que anda armada ameaçando os outros. Quem anda com presidiário é você. Eu fui investigado de todas as formas pela turma de seu padrinho (que já te abandonou também) e estou aqui pronto para terminar de mandar vocês para o lixo da história”.
O “padrinho” a que Paes se referiu é o ex-juiz e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil), um dos chefes da Operação Lava Jato.
Zambelli afina para Alexandre de Moraes e detona Bolsonaro
Carla Zambelli está com medo. Isolada em seu partido e no campo da extrema direita, no qual sempre foi uma das figuras mais atuantes, ela resolveu moderar o discurso para não se complicar ainda mais.
Em entrevista à Folha, publicada nesta quinta-feira (23), além de fazer duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, segundo ela, deveria estar no Brasil liderando a oposição, ela também procurou Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que estava “à disposição para conversar”.
Sobre o pedido de impeachment de Moraes, que até então era uma das pautas do bolsonarismo, ela afirmou agora que é contra. “Bolsonaro não ganhando, a gente tem que virar a chave. Qualquer impeachment no STF, o substituto vai ser indicado por Lula. Pode entrar uma pessoa que faça as maldades do Alexandre de Moraes parecerem uma criança chupando picolé”, disse.
Ela relatou, ainda, que procurou Moraes para conversar: “Liguei e mandei um e-mail. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida, pode ter sido um gesto. Estou à disposição dele para conversar. Porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar”, comentou.
Zambelli também discordou da maneira como Bolsonaro levou muito tempo para falar após a eleição. “Ele tinha que organizar a oposição, orientar a gente, ele tinha 28 anos de Câmara. Tínhamos que mostrar nosso descontentamento até para incentivá-lo a ser a voz da oposição”, ressaltou.