COMO É?

Mesmo sem pedido de prisão, advogado quer “salvo-conduto” de Bolsonaro

Advogado bolsonarista, contrário às investigações sobre o 8 de janeiro, pediu ao STF os Habeas Corpus preventivos do ex-presidente e de Anderson Torres

Anderson Torres e Jair Bolsonaro.Mesmo sem pedido de prisão, advogado quer “salvo-conduto” de BolsonaroCréditos: Reprodução/Agência Brasil
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O advogado bolsonarista Carlos Alexandre Klomfahs, crítico das investigações em torno dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, em Brasília, também parece preocupar-se com uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele pediu ao Supremo Tribunal Tribunal, em 14 de janeiro, os Habeas Corpus preventivos de Bolsonaro e de seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Para o caso de Anderson Torres, o pedido perdeu a validade. O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal foi preso na mesma data do pedido quando desembarcou no aeroporto de Brasília. A prisão ocorreu dias depois de uma minuta golpista que previa a intervenção de Bolsonaro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ser encontrada em sua casa pela Polícia Federal.

Já no caso do ex-presidente o pedido de Habeas Corpus preventivo não parece fazer o menor sentido. Bolsonaro sequer tem um pedido de prisão expedido contra si.

Além dos Habeas Corpus o advogado que não representa oficialmente os 'defendidos' também pediu o trancamento de inquéritos que investigam a dupla. Mas as coisas não andam bem no Supremo, que formou maioria para negar todos os pedidos.

“Nego seguimento ao presente feito (…) porquanto a impetração de Habeas Corpus em nome de terceiros, que já possuem advogados constituídos em distintos inquéritos que tramitam nesta Suprema Corte”, declarou o ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso. A decisão ainda afirma que para que o pedido fosse levado em consideração, o advogado deveria ter a autorização daqueles a quem pretende defender.

No último dia 10, quando a decisão entrou em Plenário Virtual, seis ministros acompanharam o relator: Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Roberto Barroso e André Mendonça. Alexandre de Moraes declarou-se impedido de votar.

*Com informações do Metrópoles.