O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que na terça-feira (5) esteve na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Federal, deu uma resposta em tom debochado ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que viralizou nas redes sociais. Na sessão, em que ainda teve que ouvir os descalabros pueris de Nikolas Ferreira (PL-MG) e de outros parlamentares de extrema direita, o ministro precisou ficar o tempo todo desmentindo fake news grotescas relacionadas ao caso da tal “dama do tráfico” que foi a Brasília, que ganhou repercussão na bolha bolsonarista após o factoide criado pelo tabloide Estadão.
A certa altura, depois de uma fala desrespeitosa do filho do ex-presidente extremista, na qual fez afirmações de teor racista mescladas com uma bobajada típica para engajamento nas redes reacionárias, Almeida foi questionado sobre “moralidade” na vida pública. Sem titubear, o ministro disparou, com voz calma e pausada, os casos em que a família Bolsonaro empregou parentes de milicianos em gabinetes do clã, e ainda lembrou dos 39 quilos de pasta base de cocaína transportados no avião presidencial da FAB, apreendidos com um sargento da Aeronáutica num aeroporto da Espanha, durante o mandato de Jair Bolsonaro no Planalto.
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“Agora, deputado, eu acho também bastante curioso o senhor tratar do princípio da moralidade, que eu acho um dos princípios fundamentais da atividade administrativa, porque é necessário realmente que nós observemos o princípio da moralidade inclusive quando pensamos nas pessoas que trabalham conosco, não é? Eu não acho que está de acordo com o princípio da moralidade empregar miliciano no gabinete, dar homenagem, fazer homenagem a miliciano, levar drogas no avião da FAB, e eu acho que tudo isso deve ser visto de acordo com o princípio da moralidade”
Veja o vídeo com a resposta de Silvio Almeida:
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