Em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta terça-feira (5), a presidenta nacional do PT e deputada federal pelo Paraná Gleisi Hoffmann voltou a defender que a principal meta do governo deve ser o crescimento econômico.
Durante as discussões do planejamento para o ano que vem, houve frisson na mídia tradicional sobre a possibilidade do governo não alcançar a meta de déficit zero para 2024.
O ministro da Fazenda Fernando Haddad reforçou a intenção do governo em manter a meta de déficit em zero, mesmo que isso freie brevemente o crescimento do país.
Gleisi defende que a meta não pode ser a prioridade do governo Lula e estima que um aumento do déficit não será prejudicial para o aumento do PIB e da atividade econômica.
"Se não tiver receita, eu não vejo problema em fazer déficit. Todos os países do mundo estão fazendo déficit. O nosso déficit esse ano vai ser de quase 2%. Não vai prejudicar em nada a nossa dívida, nem vai prejudicar em nada nossa estabilidade, nem vai prejudicar a nossa inflação", afirmou a parlamentar ao Onze e Meia.
Ela aproveitou para criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que mantém a taxa de juros acima de 8% e prejudica o nível de investimento no país.
'O que prejudica muito o Brasil e tem prejudicado são as taxas de juros, que o Campos Neto insiste em manter", afirma.
Para ela, com uma redução da taxa de juros e aumento do crescimento, não existe problema em um déficit abaixo da meta estabelecido pelo ministério da Fazenda.
"Eu estou naquele campo que defende que nós temos que fazer entregas para a população. A nossa principal meta a ser seguida é a de crescimento econômico. Se pra isso precisar fazer mais déficit, eu não vejo problema nenhum", completou Gleisi à Fórum.
Confira a entrevista de Gleisi Hoffmann ao Fórum Onze e Meia desta terça-feira (5):