Com o passar do tempo as mais absurdas histórias do período do governo de Jair Bolsonaro (PL) vêm à tona e deixam todos embasbacados. Uma delas, revelada nesta terça-feira (13), no Senado Federal, durante as sabatinas de Flávio Dino e Paulo Gonet, respectivamente indicados pelo presidente Lula (PT) para os cargos de ministro do STF e procurador-geral da República, é tão bizarra e surreal que é até difícil de se acreditar.
O senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-ocupante do Palácio do Planalto, contou em meio ao seu discurso raivoso e primário que seu pai ia indicá-lo para uma das vagas abertas no Supremo Tribunal Federal. Embora formado em Direito, o chamado “01” praticamente nunca exerceu qualquer atividade no ramo e é uma figura nula na área, para além do fato de ser filho do então presidente.
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“Eu queria trazer a público, senador, não sei se já falei pessoalmente para vossa excelência, mas eu acho que é importante... O então presidente Bolsonaro, quando da indicação do ministro André Mendonça, virou pra mim e falou: ‘Flávio, você não quer...? Que você acha de você ser indicado para o Supremo Tribunal Federal?’... Já que se discutia que a indicação fosse de um evangélico, como ele havia prometido na campanha eleitoral”, contou, se gabando, o primogênito do extremista.
Flávio, pouco modesto, mesmo sendo uma nulidade em termos de saber jurídico, ainda falou que até poderia ser aprovado na sabatina do Senado Federal.
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“Acredito que, com ajuda do presidente Davi (Alcolumbre, presidente da CCJ), eu teria até alguma chance de passar aqui no Senado”, seguiu contanto.
Por fim, para bancar o sensato e o humilde, o senador de extrema direita narrou como teria terminado a conversa com o pai sobre o assunto.
“Eu falei 'presidente, apesar de eu ser advogado, o que eu sou é político, o que eu gosto de fazer é política'. E Indiquei o nome do André Mendonça”, concluiu.