O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou o nome e a logo do partido que desejam criar, o Missão, neste sábado (4). Em São Paulo (SP), o 8º Congresso Nacional do MBL foi realizado com a presença de nomes conhecidos na extrema direita brasileira, como o ex-deputado estadual Arthur do Val, o deputado federal Kim Kataguiri e o senador Sergio Moro, todos filiados ao União Brasil.
O novo partido será o Missão, caracterizada pelas cores amarela, branca e preta, e a onça – o logotipo da legenda. No evento, o anúncio foi feito com canhões de luz, máquinas de fumaça e bandeiras do partido. O objetivo é criar na legenda para disputar as eleições municipais de 2024 e as eleições gerais de 2026, com o lançamento de um nome para concorrer à Presidência da República.
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Para conseguir o registro do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o MBL deve coletar 491,9 mil assinaturas em pelo menos nove Unidades da Federação, etapa conhecida como apoio mínimo do eleitorado. O número corresponde ao contingente de eleitores não filiados a outro partido que correspondam a, pelo menos, 0,5% dos votos válidos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados.
No Parque da Mooca, o evento teve entrada com ingressos com preços entre R$ 250 e R$ 1 mil. Mais de 2,5 mil compareceram ao congresso, que tinha como finalidade discutir o projeto político do movimento no ano de 2024, quando ocorrerão as eleições municipais.
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O Congresso também vem com a promessa de anunciar novos rumos para o movimento, seja na sua estrutura interna, como Academia MBL, Revista Valete e Clube, como nas eleições municipais do próximo ano. Obviamente, não poderia faltar um anúncio exclusivo sobre a tão especulada criação do partido, o maior projeto da história do movimento.
A programação do evento colocou Sergio Moro em destaque com o "Moro Reage", quadro anterior à apresentação do plano do MBL de criação do novo partido. O ex-presidente Michel Temer cancelou sua participação, na qual comentaria sobre o "Impeachment em 5 fatos".
Nas redes sociais, perfis de direita apontaram o desdém do MBL com Sergio Moro, sobretudo vindo de Renan Santos, criador do movimento em 2014 que teria escrito: "Moro é um merda" e "Sergio Moro não tem lado, é oportunista, não tem caráter e é um dos sujeitos mais falsos que já conheci".