8 DE JANEIRO

A decisão inesperada de Moraes após morte de bolsonarista na Papuda

Ministro do STF, que é responsável pelos inquéritos relacionados à tentativa de golpe do 8 de janeiro, tomou atitude incomum dois dias após preso sofrer mal súbito

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, responsável pelos inquéritos que envolvem os réus golpistas que promoveram o ataque de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes da República, tomou uma medida incomum e inesperada nesta quarta-feira (22), depois da morte de bolsonarista Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, decorrente de um mal súbito, na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. Ele foi preso dentro do Senado no momento da invasão e teve um pedido de habeas corpus negado pelo ministro André Mendonça, também do Supremo, em maio.

De uma só vez, o magistrado do STF concedeu liberdade provisória a quatro réus do caso da tentativa de golpe levada a cabo pelos seguidores do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL). Todos tinham parecer favorável da Procuradoria-Geral da República para responder aos processos fora da cadeia.

Jaime Junkes, Tiago dos Santos Ferreira, Wellington Luiz Firmino e Jairo de Oliveira Costa, segundo uma lista divulgada por uma organização intitulada Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), são os beneficiados pela decisão de Moraes, que já foi publicada e cumprida.

Ainda que esteja livres para aguardar julgamento, os quatro, de acordo com o despacho do ministro do Supremo, devem fazer uso de tornozeleira eletrônica, além de estarem proibidos de se ausentarem das cidades onde moram. Eles também devem permanecer em casa no período noturno e nos finais de semana.

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