A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, esteve nesta quarta-feira (1) no programa “Bom dia, ministro”, apresentado nas redes sociais pelo Governo Federal, onde falou sobre a importância de uma educação e uma política antirracistas. Em dado momento, a conversa chegou em assunto bastante delicado: palavras e expressões que invariavelmente proferimos e que possuem conotação racista.
“Que a gente tenha sim professores antirracistas, governadores, prefeitos, vereadores, deputados, tudo o que a gente puder. Isso [o racismo] vai desde uma fala proferida e que às vezes você nem percebe – e hoje existem muitas palavras que a gente pode comunicar de maneira bem tranquila e dizer ‘essa palavra é racista’”, iniciou a ministra.
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Em seguida, ela é perguntada sobre quais palavras seriam essas e, como resposta, aponta o verbo “denegrir”: “É uma palavra que as pessoas que têm consciência e letramento racial não usam”.
Encaminhando para o final da fala, a ministra aponta uma expressão um pouco inusitada e que por se tratar de um termo da astronomia talvez algumas pessoas não a entendam como racista: buraco negro.
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“Saímos desse buraco negro, dizem as pessoas. A gente escuta muito isso. E uma vez que a gente ganha consciência racial, nunca mais volta atrás. Então tem situações que eu digo: ‘vamos escurecer os fatos’, e as pessoas olham um pouco assustadas, mas isso é para que a gente cause mesmo um certo incômodo para que as pessoas possam refletir,” finaliza a ministra.
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