Na madrugada desta quinta-feira (5), Diego Bomfim, 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do também deputado Gláuber Braga (PSOL-RJ), foi assassinado a tiros em uma execução em um quiosque na Avenida Lúcio da Costa, na Barra de Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro.
Na madrugada de terça-feira, 25 de julho de 2006, Renato Freixo, 34 anos, irmão de Marcelo Freixo (à época, do PSOL-RJ), foi assassinado a tiros em uma execução quando chegava em casa, em Piratininga, bairro nobre da Região Oceânica de Niterói.
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Quem foi Renato Freixo?
Renato Freixo trabalhava como Assessor na Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói e estava com sua esposa no momento do crime. Ela sobreviveu.
Descrito pelo irmão como "pacato, honesto e digno", Renato era pai de duas crianças e foi mais uma vítima da violência de caráter miliciano no Rio de Janeiro.
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Fram indiciados pelo crime os ex-PMs Fabio Montibelo e Marcelo dos Reis Freitas. Eles foram os mandantes do crime, segundo a polícia. Alexandre Ramos, também conhecido como Bacalhau, foi o executor.
Renato demitiu Montibelo e Marcelo dos Reis Freitas da segurança do condomínio porque eles não tinham registro para realizar segurança privada na época.
A conclusão das investigações, completa apenas em 2020, sempre causou indignação em Marcelo Freixo. "Meu irmão foi uma pessoa brutalmente assassinada com 34 anos. Deixou duas filhas pequenas e uma família completamente dilacerada. Foi uma pessoa que só fez o bem no tempo em que esteve vivo e, 14 anos depois, a gente recebe a informação de que o inquérito foi concluído. A gente aguarda Justiça e não vingança, que é isso que nos diferencia desta brutalidade toda que tomou conta do Rio de Janeiro", afirmou, à época.
Em 2022, o então deputado federal foi enfático nas redes sociais. "Perdi meu irmão Renato assassinado pela milícia em 2006. Foi pelo Renato e por todas as famílias que sofrem nas mãos do crime, que o primeiro projeto que apresentei foi a CPI das Milícias. Eu sei o que é ter uma família despedaçada pela violência. É a dor que muitos moradores do Rio de Janeiro sentem e sigo trabalhando para reerguer nosso Estado e para que nenhuma família tenha que passar por esse sofrimento", afirmou.
O que se sabe sobre a morte de Diego Bomfim?
Ainda não existem informações claras sobre a morte de Diego Bomfim e dos outros dois médicos, Perseu Ribeiro Almeida, 33, e Marcos de Andrade Corsato, 62.
Eles foram executados, como mostra o vídeo da morte e diversas testemunhas, mas ainda não existem possíveis esclarecimentos sobre a motivação da execução.