Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (4), o ministro do Trabalho Luiz Marinho, que tratou de vários assuntos, como as ações do governo Lula até o momento em relação ao emprego e os boatos de que a obrigatoriedade do imposto sindical no país seria restituída, não fez rodeios na hora de falar sobre todos os problemas trabalhistas surgidos no país com o surgimento dos aplicativos de transporte de passageiros e entrega de alimentos.
No início da sessão, Marinho já tinha admitido que havia instado os Correios a desenvolveram um aplicativo que entrasse em concorrência com as empresas de transporte e entrega, como a Uber e o iFood. Por conta disso, como era de se esperar, parlamentares de extrema direita e com discurso “liberal” correram para dizer ao chefe da pasta do Trabalho que tal determinação poderia fazer com que essas companhias deixassem o Brasil como área de operação.
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Já sem paciência com a tempestade em copo d’água feita pela oposição radical, Marinho afirmou que a Uber, por exemplo, não deixará o país, mas que, se o fizer, “o problema é dela”.
“A imprensa disse: ‘E se a Uber sair do Brasil?’... E eu falei: “Primeiro, não vai sair do Brasil porque é o primeiro, é o número um, é o primeiro o Brasil no seu mercado... Segundo: Agora, se caso quiser sair, o problema é só da Uber, porque outros concorrentes ocuparão esse espaço, como é no mercado, no mercado normal... E eu provoquei os Correios para que estudasse e porque eu acho que deveria se estudar e montar um aplicativo para colocar de forma mais humana para os trabalhadores que desejassem utilizar o aplicativo dos Correios, pra poder trabalhar sem a neura do lucro dos capitalistas, que é o caso que acontece com o Uber, com iFood e companhia limitada... Tá certo? E esse é o debate”, disse o ministro, sem rodeios.
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