Em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal nesta quarta-feira (4), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a afirmar que os Correios podem criar uma alternativa "mais humana" para trabalhadores que dependem de aplicativos como Uber e iFood.
Marinho, que desde o início do governo vem defendendo a ideia, disse que já provocou a estatal de logístiva para desenvolver um aplicativo, em resposta a perguntas de parlamentares bolsonaristas na comissão.
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"A imprensa diz: e se a Uber sair do Brasil? Não vai sair do Brasil por que o Brasil é o número 1 da Uber em questão de mercado. Se caso queira sair, o problema é só da Uber, porque outros concorrentes ocuparam esse espaço, como é no mercado normal", afirmou Marinho, sobre supostas ameaças da empresa.
"E eu provoquei os Correios para que se estudasse e montar um aplicativo para se colocar de forma mais humana para os trabalhadores que desejarem usar o aplicativo dos Correios para poder trabalhar sem a neura do lucro dos capitalistas, que é o caso que acontece com Uber, iFood", emendou.
Saque-aniversário
No início da semana, Marinho afirmou que recebeu aval de Lula para para enviar ao Congresso um projeto sobre o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O saque-aniversário permite ao trabalhador sacar parte do saldo das contas ativas e inativas do FGTS no mês do seu aniversário. Mas, se for demitido, não pode sacar o valor integral do saldo – o saque só poderá ser feito dois anos depois de o trabalhador sair da modalidade.
"Nós apresentamos ao presidente [Lula] e ele autorizou encaminhar um projeto corrigindo essa injustiça criada pela lei do governo anterior, o saque-aniversário, que proíbe que as pessoas tenham o direito de sacar o que é seu", declarou.
Ele, no entanto, não detalhou a proposta ou quando será enviada ao Legislativo para começar a tramitar.