Em entrevista concedida ao programa "Conversa com Bial", da TV Globo, apresentado por Pedro Bial, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou as diferenças em suas conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Campos Neto observou que Lula demonstra maior disposição para ouvir e paciência para as conversas, contrastando com Bolsonaro, a quem descreveu como "disperso".
“O Lula gasta mais tempo prestando atenção no que você fala. Ele dedica mais tempo, tem mais paciência para as conversas. Bolsonaro era mais rápido. Eu sempre sabia que quando tinha uma conversa com Bolsonaro, eu tinha três minutos para falar alguma coisa. Depois dos três minutos ficaria mais difícil, porque ele ficava mais disperso”, afirmou.
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Campos Neto teve duas conversas com Lula. Uma delas no ano passado, durante o período de transição de um governo para o outro, e outra de uma hora e meia neste ano, após um período de críticas do presidente e aliados políticos à atuação do BC.
Ainda sobre a segunda conversa com Lula, ele afirmou que "ouviu mais do que falou", diferentemente do primeiro encontro. Por enquanto, não há um novo encontro agendado com Lula.
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Avaliação diplomática
A avaliação foi vista como “diplomática” por Pedro Bial, que a classificou como “elogiosa” ao presidente Lula e “nem tão elogiosa” a Bolsonaro. O chefe da autarquia monetária respondeu fazendo menção à autonomia da instituição defendida pelo governo anterior e disse que não era “tão próximo” de Bolsonaro.
Campos Neto assumiu a chefia do Banco Central em 2019 e, dois anos depois, a autonomia operacional da instituição foi regulamentada. Ele fica até 31 de dezembro de 2024.
Veja o vídeo abaixo: