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Jair Renan: Depois do “escândalo”, a surpreendente decisão do filho de Bolsonaro

O chamado “04” viu seu nome nas manchetes dos jornais por supostamente namorar um homem, mesmo com sua homofobia e a da família. Mas e agora, qual é o papo?

Créditos: Alan Santos/PR
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Jair Renan Bolsonaro, o filho “04” do ex-presidente de extrema direita que foi derrotado nas urnas por Lula (PT), ganhou as manchetes dos jornais nas últimas semanas por conta de um fato nada relacionado com o mundo político. Diego Pupe, um até então amigo íntimo de Jair Renan, revelou à imprensa que na verdade era namorado do rapazote, disponibilizando imagens e conversas de cunho sexual entre os dois, inclusive registradas em cartório para comprar a autenticidade das provas.

Não há o menor problema em se relacionar com uma pessoa do mesmo sexo, o que soa descabido na história toda é alguém com atitudes extremamente homofóbicas, assim como sua família, ver-se diante de tais circunstâncias. Só que a notícia deste domingo (22) envolvendo Jair Renan não diz respeito à sua sexualidade, tampouco ao “caso Diego Pupe”.

O diário carioca O Globo informa que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já está “sabatinando” o filho com perguntas sobre política, dando instruções diretas e o orientando para que o “04” saia candidato já no ano que vem. O moço deve lançar seu nome para vereador na cidade catarinense de Balneário Camboriú, espécie de bunker ultrabolsonarista do estado mais bolsonarista do país. Jair Renan está morando lá há algum tempo, depois que recebeu um cargo no gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), uma das figuras mais descompensadas e megarreacionárias da extrema direita brasileira, onde recebe quase R$ 10 mil de salário sabe-se lá para fazer o quê.

Mas se engana quem acha que o caçula entre os filhos de Bolsonaro está querendo uma carreira no baixo clero da política brasileira. Se entrar para a vaga, Jair Renan deve ficar pouco tempo na Câmara Municipal de Balneário Camboriú, diz a reportagem de O Globo. Ele já seria candidato a deputado federal em 2026 e se juntaria a Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara, bem ao lado do outro irmão, Flávio (PL-RJ), que ocupa o cargo de senador até 2028.

A matéria informa também que Carlos, o filho problemático e “assessor” do ex-presidente, deve também abandonar a Câmara Municipal do Rio para se tornar deputado federal pelo estado. Ele não pôde disputar a vaga no ano passado porque a lei não permite, já que seu pai era presidente, o que fez com que seus filhos só pudessem ser candidatos para reeleição em cargos que já ocupavam, como foi o caso de Eduardo.