Buscando holofotes em meio à insignificância de suas opiniões no cenário internacional, Jair Bolsonaro (PL) foi às redes na manhã desta quarta-feira (18) adular o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e repetir fake news já desmentida pelas próprias Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) de que crianças foram decapitadas durante ataque da Al-Qassam, braço armado do Hamas, a um kibutz próximo à Gaza.
"Não há mais o que argumentar! Não trata-se mais de política quando se degolam crianças, estupram e assassinam mulheres e toda a esquerda brasileira não condena tais fatos", escreveu o ex-presidente. A fake news de que 40 crianças haviam sido decapitadas pelo Hamas foi divulgada por Jorge Pontual, da GloboNews, e propagada pela exrema-direita no Brasil via publicações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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Bolsonaro prossegue tentando emplacar a estratégia da extrema-direita fascista, que apoia o governo sionista de Israel, de usar a dialética religiosa para tentar relacionar o campo progressista com os grupos armados islâmicos que lutam contra o colonialismo israelense em Gaza.
"As derivações de toda a inércia no Brasil são claras. Aliados do Hamas e Hezbollah já estão aqui e alinhados com as facções engravatadas ou que fazem reféns nas favelas, causarão a destruição do Ocidente e a implementação do mal", escreve.
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Em total delírio, o ex-presidente divulgou um vídeo nesta terça-feira (17) em que um comentarista cita uma pesquisa sobre a popularidade de Netanyahu que foi divulgada pelo jornal O Globo.
De forma surreal, Bolsonaro usa a argumentação para dizer que "a Globo, a milícia do PT, agora associa Netanyahu a extremistas de direita (Bolsonaro) e se coloca em defesa dos terroristas do Hamas".
A emissora e os grupos de mídia neoliberais estão sendo criticados justamente pelo contrário, ao adotar uma posição pró-Israel na cobertura sobre a guerra na Palestina, censurando quaisquer pessoas que tenham posicionamento contrário ao governo sionista.