CARLOS BOLSONARO

Carlos Bolsonaro diz que há quatro anos tem a sensação de que a PF vai bater na sua porta

O vereador é apontado em inquérito do STF como o principal nome do que ficou conhecido como “gabinete do ódio”

Barbara Destefani e Carlos Bolsonaro.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) afirmou em entrevista ao blog PodAtualizar, que convive com o incômodo de que vai ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) há pelo menos quatro anos. A dona do blog, Bárbara Destefani, é alvo do inquérito das fake news junto com o vereador e que chegou a ter as redes retiradas do ar por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

“A sensação que eu tenho é que a PF vai entrar na minha casa há quatro anos. Por quê? Confesso que não sei. Mas nada impede que isso aconteça. É uma guerra psicológica que fazem conosco. Todo dia a gente pensa: caramba, será que a PF vem na minha casa hoje? Não tem como não ficar incomodado com isso, né”, afirmou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Carlos Bolsonaro citou especificamente o inquérito dos atos de 8 de janeiro, no qual as suspeitas são de que Bolsonaro teria estimulado manifestantes a invadir a Praça dos Três Poderes, como parte de um roteiro de um suposto golpe.

Para ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem como objetivo pegar Jair Bolsonaro, a quem, em diversos momentos da entrevista, ele chama de “ídolo”:

“É inacreditável como a gente não tem acesso aos inquéritos para entender o que está acontecendo. Não faço a mínima ideia de em quantos fui citado. Eu sei que o cerco vai se fechando, né? Onde isso vai dar? Ninguém sabe”, disse Carlos.

Ele disse ainda que o Brasil vive “uma democracia relativa”:

“A gente tem que enfrentar o problema de cabeça erguida, ou estaremos fadados ao que querem que a gente seja: gados. Você acha que, se tivesse algo contra mim, já não teriam partido para cima, para atingir o alvo maior que eles querem?”, questionou.

Gabinete do Ódio

Carlos Bolsonaro é apontado em um dos inquéritos do STF como o principal nome do que ficou conhecido como “gabinete do ódio”, grupo que teria sido organizado durante o governo de Jair Bolsonaro para divulgar notícias falsas sobre a oposição. Bárbara, de acordo com as investigações, também faria parte desse grupo. Os dois fizeram ironias sobre a acusação durante a entrevista.