Nos últimos quatro anos, enquanto propalava frases de efeito aos quatro cantos do país, Jair Bolsonaro (PL) costumava ouvir por onde chega os gritos de "mito".
A pomposa alcunha, no entanto, é uma contração da provocação de um outro apelido que recebeu de colegas da infância, segundo o próprio ex-presidente.
Te podría interesar
“Dado a minha canela ser branca, parecida com um “parmito", esse era um dos meus apelidos. Talvez eles [apoiadores] tenham esquecido o par, que também sou palmeirense, e me chamam de mito. É uma maneira carinhosa”, disse Bolsonaro em entrevista à GloboNews em 2018, quando começava a desfrutar de seu momento de fama e bajulação.
No entanto, a covardia com a fuga para os Estados Unidos antes mesmo de encerrar o mandato - e passar a faixa para seu sucessor - e o choro na última live fez com que muitos apoiadores arrependidos trocassem o "mito" pelo "frouxo".
Te podría interesar
Já nas hostes do Planalto, entre aliados de última hora, Bolsonaro ganhou um apelido ainda mais humilhante após abandonar os apoiadores "patriotas" em barracos em frente aos quartéis pedindo golpe e fugir para a mansão do lutador de MMA José Aldo Júnior nas proximidades da Disneylândia, na Flórida.
Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a covardia rendeu a Bolsonaro o apelido de "capitão fujão" entre membros de partidos da base.
Para os aliados mais radicais, o choro de Bolsonaro na última live, quando admitiu a derrota para Lula e condenou os atos terroristas de apoiadores em Brasília, mostrou um lado que muitos teimavam em ver no "mito": o de covarde.