TROCA DE COMANDO

Múcio revela os motivos que levaram à demissão do comandante do Exército

Após o afastamento do general Arruda, o presidente Lula nomeou outro militar para o posto

Múcio revela os motivos que levaram à demissão do comandante do Exército.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Após a quebra de confiança, o presidente Lula (PT) demitiu neste sábado (21) o comandante do Exército, o general Júlio Cesar de Arruda. Para o seu lugar, foi nomeado o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

O ministro da Defesa, José Múcio, conversou com a imprensa na noite deste sábado (21), explicou os motivos que levaram à demissão do general Arruda e apresentou o novo comandante do Exército. 

“Hoje nós investimos mais uma vez na aproximação das nossas Forças Armadas com o governo do presidente Lula. Evidentemente que, depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do 8 de janeiro, as relações, principalmente, do comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança e nós achávamos que era preciso estancar isso logo de início, até para que nós pudéssemos superar logo esse episódio”, explicou Múcio. 

Por fim, Múcio apresentou o novo comandante do Exército. “Conversamos hoje cedo com o general que estava no comando, o general Arruda, e queria apresentar aos senhores [imprensa] o seu substituto, o general Tomás, que a partir de hoje é o comandante do Exército”, declarou. 


Golpe e desconfiança


 
A demissão de Arruda se dá no contexto dos ataques terroristas e golpistas do dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e destruíram os prédios dos Três Poderes da República. 

Além disso, o agora ex-comandante do Exército nada fez para diminuir a desconfiança do presidente Lula em relação a postura dos militares do Exército no dia 8 de janeiro. 

Outro fator que pesou para que Arruda fosse demitido é que, no dia do ataque golpista o militar deu ordens para que seus homens fizessem uma barreira e impedissem a PM-DF de prender os vândalos, que após os ataques retornaram ao acampamento em frente ao quartel general. 

Por causa da atitude de Arruda para com os golpistas, o militar passou a ser visto como conivente com a tentativa de golpe e a sua permanência no comando do Exército, insustentável.