O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou o Twitter na noite desta segunda-feira (16) para avisar seu eleitorado e seguidores que foi bloqueado na plataforma pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), após cobrá-lo a respeito do novo piso da educação e de teorias conspiratórias divulgadas pelo governador a respeito dos ataques bolsonaristas a Brasília em 8 de janeiro e que envolvem o governo Lula.
“Zema me bloqueou ao invés de pagar o piso da educação. Acobertar terroristas bolsonaristas através de fake news ele gosta, já ouvir verdades, nem pensar. Agiu, sim, como mau caráter, e não paga o piso da educação. Não adianta me bloquear, Zema. Estarei de olho em você”, declarou o petista.
Piso da educação
O ministro da Educação Camilo Santana anunciou nesta segunda-feira (16) um reajuste no piso salarial de professores para R$ 4,4 mil. O aumento é de quase 15% em relação ao piso anterior e já havia sido aprovado em dezembro, no entanto, após virar o mês (e o ano), nem todo mundo atualizou os pagamentos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou uma nota na semana passada cobrando o reajuste do piso. Zema seria um dos devedores.
Teoria conspiratória sobre o terror bolsonarista
Zema ainda disse numa entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (16), que em sua opinião “o governo Lula deixou os ataques em Brasília acontecerem para posar de vítima”. O mineiro, que foi aliado de primeira hora de Bolsonaro durante seus caóticos quatros anos de governo e que subiu com empenho no palanque do extremista no segundo turno da eleição de 2022, ainda fez questão de “passar um pano” para a extrema direita brasileira.
“Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, prosseguiu o governador das Minas Gerais, afirmando categoricamente que a matilha de golpistas que prega a derrubada de um governo constitucional e eleito pelo povo é um “grupo de manifestantes” e não uma malta criminosa.
Por posicionamento semelhante, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por suspeitas de colaborar com a inciativa dos terroristas que devastaram Brasília para tentar levar Bolsonaro de volta ao poder, com interferência das Forças Armadas.