Que Jair Bolsonaro vivia num mar de paranoias e numa permanente mania persecutória, todo mundo já sabe, mas uma nova informação divulgada pela Agência Amazonas de notícias trouxe à luz um comportamento absolutamente descabido do líder extremista que “governou” o Brasil por quatro anos.
Segundo uma reportagem do órgão de imprensa da Região Norte, que tomou como base depoimentos de funcionários de um pequeno restaurante do município de São Gabriel da Cachoeira, que fica a mais de 850 km de Manaus, a passagem do antigo mandatário pelo local deixou como lembrança uma mania esdrúxula e paranoica: o medo permanente de ser envenenado.
Instalado na cidade amazonense por três dias em maio de 2021, onde foi para, acredite, inaugurar uma ponte de madeira, Bolsonaro criava um verdadeiro pandemônio cada vez que precisava se alimentar. Segundo esses empregados do estabelecimento, uma vez que uma comida estava pronta e seria destinada ao então chefe de Estado, até 20 pessoas precisavam provar o prato antes do ‘mito’ fazer sua refeição.
Um dos funcionários que deu entrevista à Agência Amazonas, que se declarou bolsonarista à reportagem, tentou justificar as graves informações divulgadas recentemente sobre a farra promovida pelo ex-capitão de extrema direita com o uso do cartão corporativo da Presidência da República usando justamente o argumento de que muitas refeições precisavam ser compradas para que pessoas ingerissem primeiro a comida, evitando que o ex-presidente “fosse envenenado”.
“O que a mídia está fazendo é uma grande injustiça com o presidente sobre esses gastos com cartão. Ele era muito perseguido e, por isso, pedia para as pessoas provarem a comida antes dele, para ver se estava envenenada. Eram várias pessoas provando e a conta dava alta”, disse a fonte da Agência Amazonas.
Um comerciante dono de um mercadinho onde Bolsonaro gastou R$ 17.951 reais, também de São Gabriel da Cachoeira, diz que boa parte do dinheiro foi para comprar água e que o ex-presidente fazia vários assessores e guarda-costas beberem o líquido das garrafinhas antes, porque, segundo o então mandatário, “poderiam envenenar a água e depois lacrá-la para matá-lo”.
“O Bolsonaro comentava que os inimigos eram capazes de envenenar a água e lacrar de novo. Ele dizia que era perseguido porque estava fazendo a coisa certa no país, que a gente precisava se unir contra quem queria matar ele”, contou o comerciante.