O ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, embarcou na noite desta sexta-feira (13), sob escolta da polícia, no aeroporto de Miami (EUA) em um avião rumo ao Brasil. O bolsonarista será preso pela Polícia Federal assim que desembarcar em território brasileiro.
Torres decidiu interromper suas "férias" na Flórida após ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de conivência com o ataque terrorista promovido por apoiadores de Jair Bolsonaro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, já que, naquele dia, estava no cargo de secretário de Segurança Pública do DF e, portanto, era sua a responsabilidade de coordenar a ação policial para impedir o levante golpista.
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Na manhã desta sexta-feira (13), o ministro da Justiça, Flávio Dino, deu um ultimato: caso Torres não se apresentasse até segunda-feira (16), o governo daria início a um processo de extradição. O anúncio de Dino foi feito um dia após a PF divulgar que encontrou, em operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro, uma minuta de decreto, de quando ele era titular da Justiça do governo Bolsonaro, para encampar um golpe e anular o resultado da eleição vencida pelo presidente Lula.
Ao comprar a passagem aérea, o ex-secretário omitiu o sobrenome "Torres" para que ninguém soubesse que ele está retornando ao país e, assim, não criar alarde durante o desembarque.
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