O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou por escrito 36 homens do Batalhão da Guarda Presidencial no sábado (7), cerca de 20 horas de começarem os ataques bolsonaristas ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, já no domingo (8).
Na manhã que antecedeu aos ataques, o Palácio do Planalto tinha apenas o seu efetivo normal de guarda, sem reforço e sem equipamentos e armamentos não-letais para o controle de multidões. Quem reenviou os homens ao Planalto, no início da tarde, foi o Comando Militar do Planalto (MCP). As informações são de Marcelo Godoy, no Estadão.
Ao acompanhar por meio de drones as manifestações que ocorriam em Brasília no último domingo, o Exército teria flagrado o primeiro confronto entre policiais e bolsonaristas por volta das 14h30. Nesse momento o general Geraldo Henrique Dutra Menezes decidiu enviar 113 homens com os devidos equipamentos ao Planalto. Em seguida, a pedido do GSI, enviou em mais duas levas de 93 e 118 homens.
Durante os ataques, a própria sala onde funciona o GSI foi alvo da depredação bolsonarista e teve uma arma de choque roubada por um dos invasores. Além disso, o presidente Lula (PT) afirmou nesta tarde que desconfia que alguém de dentro da gestão do Planalto tenha aberto a porta para os golpistas no último domingo, uma vez que as portas não estavam arrombadas.
Em dezembro, uma fonte exclusiva da Revista Fórum, acusou o GSI - então comandado pelo general Augusto Heleno - de estar por trás dos ataques a Brasília ocorridos no dia 12 daquele mês, mesma data da diplomação de Lula e Alckmin. Trata-se de um servidor da Polícia Federal (PF) lotado na Presidência da República
*Com informações do Estadão.