ELEIÇÕES 2022

Após farra eleitoral, Bolsonaro foge de celebração pelo bicentenário da Independência no Congresso

Sessão solene conta com representantes do legislativo e do judiciário, além de presidentes de outros países. Bolsonaro cancelou a participação quando convidados já haviam se dirigido ao Congresso.

Jair, Michelle Bolsonaro e o véio da Havan em ato no 7 de Setembro em Brasília.Créditos: Reprodução/Youtube
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Após promover uma farra eleitoral com dinheiro público nesta quarta-feira, 7 de Setembro, sob o pretexto de comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) cancelou em cima da hora, na manhã desta quinta-feira (8) a participação na sessão solene do Congresso Nacional em alusão à data. Sem agenda oficial, Bolsonaro abriu live recebendo um grupo de crianças no Planalto no momento do ato no Congresso.

A informação foi divulgada pela TV Senado quando todas autoridades já estavam presentes na casa legislativa. Além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anfitrião do evento, participam os presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, representando os poderes legislativo e judiciário.

Os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo - que esteve com Bolsonaro no ato de 7 de Setembro em Brasília -; de Cabo Verde, José Maria Neves, e de Guiné Bissau, Umaro El Mokhtar Sissoco; e os ex-presidentes José Sarney e Michel Temer também estão presentes.

Durante a sessão, o Hino Nacional será interpretado pela cantora Fafá de Belém. Também haverá uma apresentação do Hino da Independência pelo Coral do Senado.

Farra eleitoral

Nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro transformou os atos cívicos em comemoração ao bicentenário pela Independência em campanha eleitoral paga com recursos públicos. Representantes do judiciário e do legislativo não compareceram a nenhum dos atos eleitoreiros promovidos pelo presidente que, isolado, teve a companhia do véio da Havan, Luciano Hang.

Em seus discursos, Bolsonaro ignorou a data, não citou ao menos uma vez Dom Pedro I - que declarou a independência - e se dispôs a atacar Lula, além de promover atos de misoginia puxando coro "imbrochável", aclamando a própria virilidade - após beijo na primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no ato em Brasília.