O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi acionado pelo PDT na última terça-feira (6) a fim de apurar os gatos do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, nos últimos 21 dias. O objetivo é descobrir se a legenda utilizou recursos do fundo partidário na organização dos atos pró-Bolsonaro deste 7 de Setembro, conforme suspeita o partido de Ciro Gomes.
O PDT se valeu do trabalho da imprensa para chamar a atenção da Justiça Eleitoral. O partido reuniu diversas matérias de jornais e portais de notícias para demonstrar que houve “incentivo financeiro” para caravanas que saíram de cidades do interior do país para a capital Brasília ou para o Rio de Janeiro.
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Na petição, os pedetistas apontam que saíram pelo pelos 180 pessoas de ônibus de Uberlândia, no triângulo mineiro, rumo a Brasília, em caravana cuja passagem custou cerca de R$ 100, um terço do valor de mercado da viagem. Além dessa, o partido apurou que uma caravana levou 380 pessoas de Porto Alegre para Brasília por R$ 650 com lanche incluído, sendo que a passagem de ida e volta entre as cidades, nos ônibus mais simples, custa em torno de R$ 800.
“Há farta introjeção de aportes financeiros de grande monta nos eventos referentes à comemoração do dia 7 de setembro (…) Isso está ligado à plataforma de campanha do Senhor Jair Messias Bolsonaro”, diz a conclusão da petição protocolada pelo PDT. Se comprovada a tese do partido, os atos deste de setembro podem ser considerados pela Justiça Eleitoral como doações irregulares de campanha. O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, o mesmo que mandou redes sociais tirarem fake news bolsonaristas do ar nessa semana, é o relator do caso.