O ato cívico-militar deste 7 de Setembro realizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que deveria ser um evento de Estado, mas que se transformou num vergonhoso comício político descarado e financiado com dinheiro da máquina federal para enaltecer o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), descambou para uma baixaria generalizada.
A mixórdia promíscua, inadmissível e ilegal que mesclou a figura do candidato à reeleição ao Planalto e seu papel de chefe de Estado numa data histórica nacional importante, teve discurso recheado de ódio e envenenado pela iminente derrota que Jair Bolsonaro pressente para 2 de outubro
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“Falo palavrão, mas não sou ladrão”, começou dizendo o atual mandatário, sem qualquer respeito à importante data nacional, chamando o ex-presidente Lula (PT) de “quadrilheiro de nove dedos”.
Na sequência, após um discurso anacrônico e mofado de seu candidato a vice-presidente, o general Braga Netto, que ressuscitou um macartismo tosco contra um comunismo imaginário, Bolsonaro também disparou impropérios contra outros países latino-americanos, mas centrou fogo no candidato petista, líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de voto, fazendo inclusive ameaças.
“Compare o Brasil com a Argentina, a Venezuela e a Nicarágua. Eles são amigos do quadrilheiro que disputa a eleição. Esse tipo de gente tem que ser extirpado da vida pública, teremos um governo muito melhor com a nossa eleição, com a graça de Deus”, gritou.