O ex-presidente Lula (PT) afirmou, nesta terça-feira (6), que Jair Bolsonaro (PL) “usurpa o 7 de Setembro como se fosse festa dele". “É uma festa do interesse de 215 milhões de brasileiros. Mas, como ele já disse ‘minhas Forças Armadas’, agora ele fala ‘minha Independência’”, criticou.
Lula e os representantes dos partidos que integram a Coligação Brasil da Esperança concederam entrevista coletiva, após reunião de coordenação de campanha, em São Paulo.
O ex-presidente também falou sobre a possibilidade de vitória em primeiro turno.
“Em 2002, eu tinha certeza de vencer no primeiro turno. Não aconteceu, mas ganhamos melhor no segundo. Hoje, a oposição nos ataca, o que é normal e temos que compreender. Eles têm medo que eu vença no primeiro turno. Se quem tem 5%, 7% ou 8% pode sonhar em chegar aos 40% e disputar o segundo turno, por que eu, com 45%, não posso sonhar em ganhar no primeiro?”, questionou Lula.
O ex-presidente ressaltou, ainda, que “quando a gente sonha junto, dizem que se torna realidade. Mas se o povo quiser o segundo turno, nós vamos ganhar no segundo turno”. E emendou: "Nós não precisamos aceitar o nível baixo de campanha que alguns adversários querem. Nós temos que fazer a campanha em alto nível porque o povo quer resolver seus problemas de dívida, de desemprego, quer voltar a comer e sorrir nesse país".
Em seguida, Lula apresentou números sobre o endividamento da maioria das famílias brasileiras. "Não basta ganharmos as eleições e dizer que vamos melhorar a renda das pessoas. Vamos ter que criar também as condições para que as pessoas negociem suas dívidas, por isso estamos propondo o Desenrola Brasil", afirmou.
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