O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a São Bernardo do Campo (SP) na manhã deste domingo (4) e se encontrou com empregadas domésticas no Sindicato dos Metalúrgicos. O principal favorito a vencer as eleições recebeu reivindicações da categoria e apresentou suas propostas, além de alertar os eleitores sobre notícias e narrativas falsas disseminadas pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A maior mentira que ele conta é evocar o nome de Jesus toda hora. Vocês sabem, nos olhos dele, que está mentindo. Usa o nome de Jesus em vão para tentar enganar a boa-fé dos cristãos deste país”, declarou o ex-presidente. Para Lula, o Estado não deve ter religião, mas tratar a todas com respeito.
Lula ainda lembrou que os governos do PT foram responsáveis pela lei que garante personalidade jurídica às igrejas e instituições religiosas, além de haver instituído o Dia Nacional da Marcha para Jesus e o Dia Nacional do Evangélico.
Além disso, o ex-presidente lembrou os eleitores de que é preciso estar “sempre vigilante” em relação a “fábrica de mentiras de Bolsonaro". Recomendou aos eleitores que fiquem 'ligados ao WhatsApp' e “não deixem que a mentira corra”. Ele lembrou a campanha de mentiras a respeito de Fernando Haddad em 2018, quando o atual candidato ao governo de São Paulo concorria à presidência pelo PT e contra o atual presidente.
O aceno aos evangélicos de Lula veio em um momento em que o setor se mostra majoritariamente favorável ao atual presidente. De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na última quarta (1), Bolsonaro tem as intenções de voto de 48% dos evangélicos, contra 32% de Lula. Já entre católicos, o petista tem 51% contra 28% do ex-capitão.
*Com informações da Carta Capital.