No debate presidencial promovido pela Globo, na noite desta quinta-feira (29), o ex-presidente Lula (PT) voltou a dizer que, se eleito, vai baixar um decreto para abrir todos os sigilos de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro (PL) a inúmeros dados relacionados à sua família e ao governo.
Apesar do presidente, em uma de suas intervenções no debate, negar que tenha adotado o expediente de impor sigilos, essas censuras são de conhecimento público e já foram noticiadas em várias ocasiões pela imprensa.
Um dos sigilos de cem anos diz respeito a informações referentes aos crachás de acesso ao Palácio do Planalto expedidos em nome dos filhos de Bolsonaro.
Em documentos públicos enviados à CPI da Covid, a própria Presidência assumiu a existência dos cartões usados por Carlos e também por Eduardo Bolsonaro para acessar a sede do governo.
Desde o surgimento do coronavírus e, posteriormente, o advento dos imunizantes de combate à Covid, o presidente declarou aos quatro cantos que não iria se vacinar, no entanto, começaram a surgir boatos de que, ao contrário do discurso, o mandatário havia se vacinado.
Por conta dos boatos de que teria se vacinado contra a Covid, o Palácio do Planalto impôs sigilo de até cem anos aos exames de anticorpos de Covid-19 feitos por ele.
Outra imposição de sigilo foi determinada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo ministro Augusto Heleno, sobre os encontros entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os pastores lobistas Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de pedirem propina no Ministério da Educação (MEC) para liberar recursos para prefeituras.
Um dos sigilos mais escandalosos - de cem anos também - é aquele que foi imposto sobre o processo contra o general Eduardo Pazuello, acusado pela participação em um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em maio de 2021.