Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é alvo de dois pedidos de impeachment.
Às vésperas das eleições, parlamentares da base governista tentam tumultuar o processo diante de um cenário negativo para Jair Bolsonaro (PL), conforme apontam os institutos de pesquisas.
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) e o deputado federal José Medeiros (PL-MT), autores dos pedidos, justificam a iniciativa porque Moraes autorizou uma operação que teve como objetivo investigar empresários que defenderam um golpe de Estado no Brasil, caso Bolsonaro não seja reeleito.
Os bolsonaristas alegam que o ministro “cometeu crime de responsabilidade e abuso de autoridade” ao determinar que a Polícia Federal (PF) cumprisse mandados de busca e apreensão, bloqueasse perfis nas redes sociais e quebrasse o sigilo bancário dos empresários, de acordo com informações da Rádio Guaíba.
Ameaça e ataque ao ministro
“É chegada a hora de impor limites, cobrar responsabilidade e exigir do ministro Alexandre de Moraes, integrante da mais alta Corte de Justiça do Brasil, que exerça suas funções com respeito à Constituição da República, às leis e aos rígidos padrões éticos e morais que pautam o agir, profissional e pessoal, da magistratura nacional. Ou que então seja afastado das suas funções”, ameaçou Lasier Martins.
“Apenas em ditaduras severas se vê perseguição pessoal, restrição de direitos e mobilização do aparato público e penal caso os cidadãos do país divirjam da forma de governo. Parece-nos que o excelentíssimo ministro da Suprema Corte busca vigiar a população, não só lhe dirigindo ao modo de governo que convém, uma tirania judiciária, através da oligocracia do Supremo Tribunal Federal, como retaliando seus opositores”, atacou José Medeiros.
Os pedidos de impeachment foram entregues ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pois é atribuição da Casa processar e julgar os ministros do STF.