ARMAS

STF forma maioria para suspender parte dos decretos de armas de Bolsonaro

Votação ainda não foi concluída, mas seis ministros já decidiram favoravelmente. Medida, por ora, se aplica apenas ao período eleitoral, mas posteriormente será reanalisado

Créditos: Agência Brasil/Arquivo
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Na tarde desta terça-feira (20), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para consolidar a decisão monocrática do ministro Edson Fachin que determinou a suspensão de parte dos decretos de armas assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que resultou numa facilitação maior para que a população adquira esses itens.

A votação ainda não foi encerrada, mas como sete dos 11 magistrados votaram pela suspensão (Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Cármen Lúcia, além do próprio Fachin), não é possível mais ocorrer qualquer mudança no resultado final do julgamento. A medida só vale para o período eleitoral, por ora, mas para juristas ela será retomada após o pleito de outubro, para que aí sim seja aplicada de forma definitiva.

As ações que questionaram a constitucionalidade dos decretos de Bolsonaro foram impetradas na corte pelo PT e PSB, por conta do aumento da violência no período das eleições, visto o notório crescimento das ameaças e dos crimes contra a vida cometidos pelos bolsonaristas contra adeptos de outros candidatos e partidos.

Único a votar pela defesa dos decretos que liberam armas de fogo sem qualquer critério, o ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro e permanentemente submisso aos interesses do Planalto e das hostes extremistas do presidente, usou mais uma vez a lógica e a retórica dos seguidores fanáticos da extrema-direita para justificar sua decisão.

“Não vejo como retirar do cidadão a capacidade de autodefesa consistente em lhe garantir a aquisição e posse de arma de fogo para esse fim”, disse em seu voto.