ELEIÇÕES 2022

Ciro abre processo por filtro “Prefiro Lula”; Versão em francês faz sucesso nas redes

Campanha do pedetista foi à Justiça contra candidato do PSB e perfil satírico @jairmearrependi, alegando que sua marca foi copiada. Crítico de cinema Pablo Villaça criou filtro em francês para debochar do ex-ministro

Ciro e o crítico Pablo Villaça.Créditos: Twitter/Reprodução
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As atitudes do candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e de sua campanha dão um ar melancólico para a biografia do ex-governador e ex-ministro na reta final da disputa eleitoral deste ano. Agora, seus advogados abriram um processo contra o candidato a deputado federal Augusto de Arruda Botelho (PSB), o perfil satírico @jairmearrependi e a empresa Storm Ideas Sugar Bond House, que desenvolve ferramentas para internet, tudo isso porque um filtro para fotos de perfil de redes sociais foi criado com a imagem “Prefiro Lula”, o que segundo o pedetista é uma cópia de seu slogan (Prefiro Ciro) e do estilo gráfico da mensagem.

Os dois primeiros alvos da ação teriam usado e propagado o filtro e a empresa, com sede na Escócia, no Reino Unido, foi a plataforma que permitiu a criação do elemento visual.

“Trata-se de representação eleitoral em face do filtro temático utilizado pelos representados, ante a nítida associação ao material gráfico utilizado pela candidatura do Senhor Ciro Gomes (...) O filtro “prefiro lula” está usurpando a identidade gráfica e o slogan de campanha do Senhor Ciro Gomes, senão vejamos a semelhança que causará, sem sombra de dúvidas, confusões na mente do eleitorado brasileiro”, diz a representação encaminhada à Justiça Eleitoral.

Diante de uma iniciativa vista como desarrazoada por grande parte do universo político progressista, o crítico de cinema Pablo Villaça criou um filtro idêntico ao que está sendo questionado por Ciro no TSE, só que com a expressão em francês (Je Préfère Lula 13), numa clara ironia à versão de que o candidato do PDT foi a Paris no segundo turno da eleição presidencial de 2018, vencida por Jair Bolsonaro, à época no PSL, para não ter que apoiar Fernando Haddad, do PT.