O cantor Supla, roqueiro veterano e figura histórica da geração de protesto dos anos 80, que é conhecido por suas posições progressistas, assim como por ser filho de Marta e Eduardo Suplicy, dois pesos pesados do PT e que ocuparam cargos de prefeita de São Paulo e senador da República, respectivamente, fez um show no estado de Mato Grosso e, durante a apresentação, foi surpreendido por um sujeito bolsonarista que se incomodou com as palavras de ordem e protesto do músico e do público.
As imagens do show começam com a multidão xingando Jair Bolsonaro e o espectador de extrema-direita. Prevendo que a situação poderia terminar mal, já que o homem não parava de provocar e atacar o público, Supla pediu à plateia para não o hostilizar. “Não xinguem, porque isso é covardia... É uma pessoa só”, disse o roqueiro.
Na sequência, Supla chamou o homem até a frente do palco e permitiu que ele se expressasse no microfone. Com um discurso arrogante e agressivo, o bolsonarista dizia o tempo todo que o artista “estava errado” e aos berros dizia “aqui é Bolsonaro, aqui é agro, aqui é Mato Grosso”.
Com uma calma impressionante e um senso de cidadania extremo, o filho mais velho de Eduardo Suplicy explicou ao bolsonarista que aquilo eram músicas suas, com histórico de protesto, e ainda questionou serenamente ao radical: “Eu sou um artista, você acha que eu não posso me expressar?”.
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