Investigado por fazer parte do “núcleo de financiamento” dos atos de 7 de Setembro de 2021, o empresário Marlon Bonilha doou R$ 20 mil para campanha do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil), ao Senado pelo Paraná.
Conforme a prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bonilha é o segundo maior doador da campanha de Moro. O líder é Ricardo Augusto Guerra, segundo suplente da chapa do ex-juiz.
A doação a Moro foi a única feita por Bonilha a um candidato nas eleições de 2022. Ele é dono da empresa Pro Tork, que fabrica capacetes, peças e acessórios para motocicleta, de acordo com a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.
O empresário é próximo do bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. As empresas de ambos têm parceria comercial e Bonilha, inclusive, já foi recebido por Jair Bolsonaro (PL) em junho de 2021.
Relatório diz que Bonilha “teria contribuído de forma efetiva para as manifestações ocorridas no DF”
Bonilha não estava no grupo de WhatsApp “Empresários & Política”. Porém, foi citado no relatório do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que baseou a decisão de decretar busca e apreensão na casa de oito empresários bolsonaristas.
Conforme o documento, a Pro Tork manteve 14 caminhões próximos ao STF no feriado do Dia de Independência em 2021. Na oportunidade, caminhoneiros ultrapassaram a barreira montada pela polícia e ameaçaram invadir o prédio da Corte.
“Um dado interessante que foi colhido nas investigações deste procedimento é que o empresário Marlon Bonilha, diretor-presidente do ‘Grupo Pro Tork’, teria contribuído de forma efetiva para as manifestações ocorridas no Distrito Federal, por meio do financiamento de inúmeros caminhões”, aponta o relatório, assinado pelo juiz auxiliar Airton Vieira.