A Petrobrás informou em nota nesta quinta-feira (4) uma redução de 20 centavos do preço do diesel nas refinarias. O novo valor, 3,7% mais baixo, começa a valer na próxima sexta-feira (5). O litro que antes custava R$5,61, agora passa a valer R$5,41. Outros combustíveis não tiveram o preço alterado.
A redução nos valores do diesel, importante pauta para o setor de transporte rodoviário, vem no momento em que as campanhas presidenciais apenas iniciam e é a primeira redução deste combustível desde que Caio Paes de Andrade assumiu o comando da estatal, em junho passado. O novo presidente substitui José Mauro Coelho, que pediu demissão após ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de “boicotar” Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia.
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Mesmo com toda essa dança de cadeiras, a estatal mantém a política de preços de paridade internacional (PPI), instituída em 2016 durante o governo Temer e que toma como base o valor internacional do petróleo, em dólares, para precificar os combustíveis dentro de um Brasil imerso em profunda crise econômica e social. Em nota, a Petrobrás afirmou que a presente redução de preços está em conformidade com a política de preços.
"Anúncio eleitoreiro"
Para Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a presente redução do diesel é mais um anúncio eleitoreiro. “Parece uma piada de mal gosto da direção da Petrobrás. A própria empresa, em comunicado oficial, admite que a redução será, em média, de R$ 0,20 por litro. Essa queda pífia acontece depois que o governo Bolsonaro reajustou o diesel em 203,6% na refinaria ao longo de seu período, contribuindo para a inflação galopante”, criticou.
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Bacelar ainda recorda que o diesel e o gás de cozinha, insumos que impactam diretamente a vida da população, não serão contemplados pela redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). "Por isso considero que este é mais um anúncio eleitoreiro”, concluiu.