DEU RUIM

Aliados são proibidos de usar sobrenome ‘Bolsonaro’ pelo TRE-RJ

Candidaturas de Hélio Lopes e Max de Moura, ambos do PL do RJ, não poderão carregar ‘alcunha’ inspirada no presidente

Hélio Lopes (PL-RJ) é candidato a deputado federal.Créditos: Reprodução / Câmara dos Deputados
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Se o país ainda não se livrou das mentiras de Bolsonaro, ao menos dos Bolsonaros de mentira a população do Rio de Janeiro já pode se considerar liberta. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) proibiu, nesta quarta-feira (31), que aliados do presidente se identifiquem com o sobrenome presidencial em campanhas eleitorais e nas urnas.

Um dos políticos que usaria o nome do presidente é Max de Moura (PL-RJ), que já foi assessor e segurança de Jair Bolsonaro (PL). Até uma carta de autorização do uso do nome pelo presidente ele recebeu e apresentou ao TRE como argumentação para manter o nome fictício. Mas depois da decisão não poderá mais se chamar ‘Max Bolsonaro’. Além dele, Hélio Lopes (PL-RJ) também acabou tendo o ‘nome artístico’ vetado. Apesar do veto, as candidaturas foram registradas e os dois concorrerão a cargos legislativos utilizando seus nomes reais.

Na carta de autorização para Max, o presidente se diz honrado pelo pedido e que já seria de conhecimento público a alcunha do aliado. A campanha de Max ainda apontou exemplos de nomes não oficiais aprovados neste ano como Virginia Vó do Zap e Herminton Moura Vem pra Direita.

A defesa ainda argumentou que em outros estados o Ministério Público e a Justiça Eleitoral tiveram uma postura diferente. Como no Distrito Federal, onde a candidatura de Fabiano Intérprete Bolsonaro (Republicanos) foi aprovada. Neste caso o sobrenome presidencial faz alusão à profissão do candidato, que trabalhou cono intérprete de libras do gabinete presidencial.

De nada adiantou. O TRE-RJ se apoiou em decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impede o registro de nomes que possam “estabelecer dúvidas quanto à identidade do candidato, atentar contra o pudor e ser considerado ridículo ou irreverente”.

*Com informações da Folha de S. Paulo.