ELEIÇÕES 2022

Márcio França oferece para Janaína Paschoal parte de seu tempo na TV; entenda a razão

O PRTB, partido de Janaína, não pode aparecer no horário eleitoral porque seu desempenho nas últimas eleições foi insuficiente

Márcio França.Créditos: Reprodução
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O ex-governador e atual candidato ao Senado por São Paulo, Márcio França (PSB), ofereceu parte do seu tempo de propaganda no rádio e na televisão para a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), que não tem direito ao horário.

"Janaína pensa totalmente diferente de mim, mas está entre os principais candidatos, e a lei eleitoral não permite que ela fale. Ela tem muitos votos e ajuda a dividir o lado deles”, disse França ao Painel da Folha.

O PRTB, partido de Janaína, não pode aparecer no horário eleitoral porque seu desempenho nas últimas eleições foi insuficiente para superar barreiras impostas pela legislação eleitoral.

Regra proíbe

Anderson Pomini, advogado eleitoral de França, afirma que a deputada teria que aparecer no período reservado para apoiadores do ex-governador, que pode somar até 25% do tempo do candidato.

Pomini diz que "a regra proíbe a cessão do tempo para outro candidato, mas permite que pessoas declarem apoio ao candidato que conta com esse tempo. Como deputada, Janaína poderia figurar nesses 25% do tempo falando dos projetos dela, e Márcio poderia mencionar que ela é candidata a senadora também".

França tem 1 minuto e 9 segundos de tempo no programa eleitoral, que vai ao ar três vezes por semana.

Esta não seria a primeira vez que França adota a estratégia. Em 2020, quando disputou a Prefeitura de São Paulo, ele fez a mesma proposta a Marina Helou (Rede), que aceitou. Ele então leu uma mensagem da concorrente durante seu horário na TV.

Janaína respondeu

A deputada, no entanto, declinou da oferta de França em sua conta do Twitter: "Bom dia, Amados! Eu agradeço o fato de o ex-Governador Márcio França ter oferecido ceder seu tempo de TV para mim. No entanto, respeitosamente, entendo que a legislação eleitoral não permite, na medida em que eu não sou uma apoiadora, mas sim uma opositora."

Com informações do Painel, da Folha