DENÚNCIA

Haddad defende prisão do clã Bolsonaro após escândalo na compra de imóveis com dinheiro vivo

“Os Bolsonaros desviaram dezenas de milhões de reais durante trinta anos de vagabundagem. Do slogan do fascismo brasileiro, só sobra 'família', a dele”, disse o petista

Haddad: “O termo rachadinha precisa ser atualizado".Créditos: Ulisses Dumas/Divulgação
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Fernando Haddad (PT), candidato a governador de São Paulo, foi às redes sociais, nesta terça-feira (30), para defender a prisão de integrantes da família Bolsonaro, após novo escândalo agora envolvendo a compra de imóveis com dinheiro vivo.

“O termo rachadinha precisa ser atualizado. Os Bolsonaros desviaram dezenas de milhões de reais durante trinta anos de vagabundagem. Do slogan do fascismo brasileiro, só sobra 'família', a dele. Antes de prendê-los, vamos julgá-los na forma da Constituição”, postou Haddad no Twitter.

O candidato ao governo de São Paulo se referiu à reportagem do UOL que revelou que, desde a década de 90, quando ingressou na política, até os dias de hoje, Jair Bolsonaro (PL), além de seus irmãos e filhos, negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.

Foram registrados em cartórios com o modo de pagamento "em moeda corrente nacional", expressão padronizada para repasses em espécie, R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, o valor equivale hoje a R$ 25,6 milhões.

Não consta nos documentos de compra e venda a forma de pagamento de 26 imóveis, que somaram valores de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos). Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).

O levantamento levou em conta o patrimônio construído no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília pelo presidente, seus três filhos mais velhos, mãe, cinco irmãos e duas ex-esposas.

Presidente usa slogan nazista em debate

Em sua publicação, Haddad também fez alusão a ao fato que, durante as considerações finais no debate Band/UOL entre os presidenciáveis, realizado na noite de domingo (28), o presidente mencionou o slogan “Deus, Pátria, Família”, criado pelo nazismo e utilizado por organizações fascistas no Brasil.