O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez mais uma defesa nesta terça (30) dos empresários alvos de operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento de campanha em Brasília o militar reformado classificou a operação como “absurda” e lançou o desafio a Moraes.
Em mais uma declaração completamente infundada na qual divaga sobre conceitos de liberdade completamente autocentrados e fora de realidade, Bolsonaro argumentou sua defesa dos apoiadores. “O tempo todo a liberdade é açoitada, tá OK? Essa coisa absurda em torno de oito empresários… me bote no inquérito porque eu tinha contato com dois deles”, vociferou o presidente.
É compreensível que Bolsonaro tenha dito tal frase ao se exaltar, afinal, nessas horas qualquer ser humano pode ficar “cego de raiva” e esquecer de dados da realidade preliminares. No caso do atual presidente, ele esqueceu o fato de que já está no inquérito, e é alvo de apurações sobre o disparo de fake news eleitorais. Além disso, Moraes ainda juntou o inquérito das milícias digitais com a investigação sobre os ataques e teorias conspiratórias de Bolsonaro a respeito das urnas eletrônicas do sistema eleitoral.
De acordo com coluna de Carlos Drummond, editor de economia da Carta Capital, os empresários golpistas atuam em setores de baixa produtividade e são exploradores de mão de obra barata. Ou seja, não geram crescimento econômico e tampouco permite permitem padrões de consumo a seus trabalhadores que façam algum capital girar na sociedade, auxiliando a economia. São eles Luciano Hang (Havan), José Isaac Peres (Multiplan), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa), Ivan Wrobel (Construtora W3), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii), Afrânio Barreira (Coco Bambu), José Koury (Barra World Shopping) e Luiz André Tissot (Grupo Sierra).
Além de se colocarem como “ultraliberais” e defenderem um mercado de trabalho sem qualquer regulação, os empresários também são suspeitos de financiar os atos antidemocráticos encabeçados por Jair Bolsonaro (PL).