A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” ganhou mais um reforço importante. A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) assinou o documento, nesta quarta-feira (3).
O grave momento pelo qual o país atravessa motivou Dilma a participar do movimento. Até agora, a carta já conta com mais de 700 mil signatários.
O texto será lido em solenidade na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no dia 11 de agosto.
“No momento em que a democracia está sob grave ameaça e sob constantes ataques do presidente da República, é hora da sociedade civil se mobilizar em defesa do sistema eleitoral e das urnas. Eu assino embaixo em defesa do Estado Democrático de Direito", disse Dilma, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
A carta foi organizada por ex-alunos do curso de Direito da USP, pela sociedade civil e por setores do empresariado. Trata-se de um manifesto suprapartidário, que não cita o nome de Jair Bolsonaro (PL). Porém, é uma clara resposta às ameaças golpistas do presidente.
Bolsonaro acusa signatários da “cartinha” de omissão durante pandemia
Bolsonaro voltou a atacar os signatários do manifesto em defesa da democracia, nesta quarta (3), em Brasília, durante culto promovido pela bancada evangélica do Congresso.
De acordo com ele, quem assinou o que chamou de “cartinha” não tomou posição nas restrições sanitárias impostas por governadores no auge da pandemia de Covid-19.
"Vocês todos sentiram um pouco do que é ditadura. E nenhum daqueles que assinam cartinha por aí se manifestaram naquele momento”, afirmou o presidente, que critica as medidas de contenção do coronavírus por seus impactos econômicos.