O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou cruzar os dados dos oito empresários bolsonaristas, que defenderam golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições de outubro, com o de um assessor de Jair Bolsonaro (PL).
Ao determinar a operação, Moraes mandou que fosse feito o cruzamento entre os dados telemáticos dos golpistas com os de Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do presidente da República.
O sigilo de Major Cid, como é conhecido, já havia sido quebrado no inquérito dos atos antidemocráticos.
“(…) tal medida não tem apenas o condão de trazer elementos concretos do envolvimento dos investigados com o núcleo ‘financeiro’, mas também de servir de norte para o eventual cruzamento (…) entre os dados telemáticos dos referidos empresários com aqueles dados que já estão sendo analisados pela Polícia Federal a partir da quebra do sigilo telemático de Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do Presidente da República”, destacou Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
Os empresários alvos da operação são Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Ministro do STF divulga autorização para operação da PF
Moraes divulgou, nesta segunda-feira (29), a decisão que autorizou a PF a efetuar a operação de busca e apreensão contra os empresários golpistas.
No âmbito do inquérito das milícias digitais, o ministro do STF mandou bloquear as contas bancárias dos empresários, das suas contas nas redes sociais, além de tomada de depoimentos e quebra de sigilo bancário.