"3ª VIA"

Tebet evoca “antigo MDB” e se esquiva do tema corrupção no JN: “Vim para fazer diferente”

Senadora ainda atacou outros partidos, e o próprio, por tentativa de impedir sua candidatura. Nome oficial da tal “terceira via”, ela não passou de 2% nas pesquisas até agora

Créditos: TV Globo/Reprodução
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A senadora Simone Tebet (MDB), candidata à Presidência da República, é a última entrevistada do Jornal Nacional, na noite desta sexta-feira (26). Ela é a representante da tal “terceira via”, grupo político que levou até o final a intenção de não se aliar às duas candidaturas líderes nas pesquisas, de Lula e Jair Bolsonaro, mas que na prática não conseguiu decolar e segue com sofríveis 2% da preferência do eleitorado.

Já no início da sabatina, de frente com William Bonner e Renata Vasconcelos, a candidata foi questionada sobre seu partido, o MDB, agrupamento fisiológico que nas últimas décadas fez partes de todos os governos federais e esteve enrolado em dezenas de escândalos de corrupção.

Para evitar a pecha, Simone se esquivou da vida pregressa desses setores de sua sigla, falou em nome de personalidades históricas da legenda e enalteceu o passado do Movimento Democrático Brasileiro, que teve importância inquestionável durante parte dos trágicos anos da Ditadura Militar (1964-1985).

“Primeiro é preciso dizer que o MDB é muito maior que meia dúzia de políticos e de caciques. É o maior partido do Brasil, um partido que vem da base, vem da redemocratização. O meu partido é o partido de Ulisses Guimarães, de Tancredo Neves, de Mário Covas, de homens corajosos, desbravadores e, acima de tudo, éticos... Que têm espírito público e vontade de servir o povo... E hoje, meu espelho é Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, então, esse é meu espelho, é a minha trajetória”, desvencilhou-se a senadora.

Mudando de rumo mesmo antes dos âncoras do JN trocarem de tema, a candidata aproveitou para atacar os setores de seu partido e de outras siglas que tentaram melar a viabilização de seu nome para a corrida ao Palácio do Planalto.

“Aliás, Renata, se você me permitir, tentaram puxar o meu tapeta. Se tivesse um tapete aqui, eu já tinha caído também. O que me trouxe até aqui? Nós tivemos oito candidatos, e eu permaneci... Passou o natal, chegou o ano novo, chegou o carnaval e disseram que o partido seria cooptado, depois que ia pra uma outra candidatura, até tentaram, numa fotografia recente, levar o partido para a candidatura do ex-presidente Lula... Judicializaram a minha candidatura, Renata... Aliás, tentado justamente isso, me impedir de mostrar que o partido não é mais fisiológico”, disse Simone.

Só que Renata Vasconcelos voltou ao tema da corrupção e tornou a perguntar sobre o histórico de corrupção do MDB. A candidata a presidente foi sucinta.

“Vim para fazer diferente.”